A Microsoft anunciou nesta semana a participação em um aporte financeiro de US$ 26 milhões na Truepic, empresa que desenvolve uma tecnologia de verificação de imagens e identificação de deep fakes ou cenas manipuladas digitalmente. O sistema funciona por meio de criptografia e análise de metadados, informações de localização e outros detalhes em fotos e vídeos, de forma a proteger seu conteúdo e apontar alterações posteriores.

De acordo com o CEO da Truepic, Jeff McGregor, a tecnologia trabalha de forma inversa a outros sistemas de verificação parecidos, já disponíveis no mercado. Em vez de buscar o que foi manipulado ou é artificial nas capturas, o recurso valida aquilo que é real por meio de sua proveniência, gerando a autenticidade no momento em que a cena é capturada a partir da câmera.

A ideia, de acordo com a companhia, é criar uma versão “autenticada” das imagens para serem usadas em transações comerciais ou oficiais, bem como qualquer outra aplicação em que arquivos legítimos sejam necessários. A partir dessa verificação inicial, até mesmo os deep fakes ou manipulações mais sofisticadas poderão ser detectadas pelo simples fato de a marca de validação, se é que podemos chamar assim, será diferente da original.